sábado, 20 de junho de 2009

Como foi o Campeonato Brasileiro de 2009



Os comentários abaixo sobre o campeonato brasileiro de RG-65 são do Beluco da Flotilha Barra Vela do Rio. Uma pessoa maravilhosa que nos deu todo o apoio durante o evento. Com uma brilhante participação no campeonato com um excelente décimo lugar, ele participou com um mutante fabricado pelo Rezende outra figura muito simpática e que também fez de tudo para que nos sentíssemos em casa. Beluco e seu barco de nome Puma tinham uma solução inusitada para o setup da vela mestra em popa, e uma extensão do deque para os bordos de proa para evitar o emproamento do barco na popada e mantém um ótimo blog dedicado a classe no endereço HTTP//rg65-velarc.blogspot.com, vamos então ao texto do Beluco. Estou neste momento postando de Marabá, cidade no Sul do Pará, aos velejadores um aviso, no dia 6 de junho será realizada a Regata Belém Mosqueiro, preparem seus veleiros. Bons Ventos.

“Dia 11/06/2009

Hoje a raia da Flotilha BarraVela foi invadida pelos melhores velejadores de RG65 do Brasil. Já deu para sentir o gostinho do que vem pela frente nos próximos três dias. No final do dia foi feita a reunião com os comandantes para esclarecer o funcionamento do campeonato. Também foi realizado o sorteio da composição dos dois grupos das regatas classificatória. Após as duas reagatas classificatórias os 25 velejadores inscritos irão ser divididos em três flotilhas para a disputa das demais regatas.

Dia 12/06/2009

O primeiro dia do II Campeonato Brasileiro da Classe RG65 foi marcado pelas Surpresas da mãe natureza. As 9:00h em ponto a raia estava montada, mas cadê o vento? O dia amanheceu fechado no Rio de Janeiro e a chuva já apontava no horizonte, mas o vento sudoeste que estava anunciado pelos principais sites de previsão do tempo teimava em não aparecer. Por volta das 10:30h o sudoeste entrou fraco com rajadas não chegando a 2 nós e o juiz da regata deu a ordem de barcos n’água. A primeira regata do grupo X foi disputada com ventos fracos e inconstantes. Melhor para o local Belluco que soube aproveitar melhor as rondadas do vento e levou o Puma a vitória. Com a falta de vento somente 4 barcos completaram a regata dentro do tempo máximo. Como o vento reduziu ainda mais as regatas foram suspensas para aguardar melhores condições, porém isso não aconteceu e foi feita a parada para o almoço.Por volta das 13:30h o vento entrou e veio com vontade, o sudoeste “roncou” acima de 15 nós. Parte dos barcos do grupo Y foram para água com velas C, alguns preferiram não arriscar por não ter velas compatíveis com o vento ou por não se sentirem seguros com o equipamento naquelas condições. Mesmo os que foram para água com o equipamento certo sofreram para completar o percurso. Com essas condições extremas o barco Wiki do Rolf Stange quase afundou quando um dos adesivos soltou e apenas a popa do barco podia ser vista. Felizmente o resgate chegou a tempo e o Rolf poderá continuar no campeonato com um rádio emprestado pelo pessoal de Belém. No final outro local, Felipe Rezende, garantiu a vitória com apenas dois barcos cruzando a linha de chegada.Depois dessa verdadeira odisséia molhada o juiz da regata em acordo com a comissão de regata decidiu suspender novamente as regatas até que o vento reduzisse um pouco. Por volta das 15:00h o vento reduziu e as regatas voltaram a ser realizadas. O vento continuava na casa dos 9 nós nas rajadas e os competidores do grupo A optaram pelas velas B e C. Desta vez a regata transcorreu sem problemas e o Vadalá faturou. O grupo Y foi para água em seguida também com velas B e C e Paulo Stier venceu.Com o fim das regatas classificatórias os velejadores foram separados em três flotilhas no sistema HMS para as regatas finais. Foram realizadas as primeiras regatas dos grupos C, B e A respectivamente e Pedro Stier venceu com Felipe Rezende em segundo e Ricardo Suzini em terceiro. Nesse momento o vento reduziu e alguns velejadores retornaram as velas A. Após um intervalo para reposicionamento das bóias foram dadas as largadas para os grupos C e B. No momento que seria dada a largada para o grupo A a visibilidade já estava bastante prejudicada por falta de luz do dia. O juiz de regata de forma muito sensata abortou o procedimento de largada quando faltavam 30 segundos encerrando as atividades do dia. Para sorte dos velejadores a regata foi abortada, pois menos de um minuto após o cancelamento com os barcos ainda na água o sudoeste “roncou” forte novamente e certamente tornaria inviável velejar com as velas A.Amanhã a previsão continua de chuva, porém com ventos médios entre 5 e 7 nós ainda de sudoeste com chuvas esparsas principalmente na parte da manhã.

Dia 13/06/2009

Finalmente a chuva deu uma trégua e o vento ajudou a realização das regatas no segundo dia do campeonato brasileiro. O vento sudoeste entrou por volta das 9:30h com velocidade de 3 a 5 nós e as regatas foram retomadas com o encerramento da segunda série das regatas finais. O clima das regatas foi sempre muito amistoso entre os velejadores com praticamente todos os protestos sendo resolvidos dentro d’água. A briga pela ponta das regatas foi sempre muito disputada com vários competidores se alternando. Durante a manhã uma última pancada de chuva atingiu a raia paralisando as regatas por 15 minutos. Após a chuva parar o vento aumentou de intensidade fazendo com que alguns competidores trocassem as velas por jogos menores. No total foram corridas 4 séries completas na parte da manhã. Após a parada para o almoço o vento se intensificou ainda mais com rajadas por volta dos 12 nós e nesse momento Vadalá começou a abrir uma boa vantagem para o segundo pelotão formado por Felipe Rezende, Paulo Stier e Wilson. No final do dia o vento voltou para a casa dos 8 nós o que permitiu que alguns velejadores pudessem voltar a usar as velas A.Após o termino das regatas do dia os barcos do Vadalá, Felipe Rezende e Wilson foram sorteados para a medição oficial e todos passaram sem ressalvas.

Dia 14/06/2009

Depois de um final de semana impecável Vadalá faturou o II Campeonato Brasileiro de RG65. O último dia de regatas transcorreu como os demais com o clima de amizade entre os competidores. Os ventos continuaram de sudoeste só que essa manhã predominaram os ventos fracos com muitas rondadas. Com a desistencia de alguns competidores o juiz da reagata decidiu dividir os competidores em apenas duas flotilhas de acordo com a HMS. Vadalá ganhou 9 da 17 regatas e foi o campeão mais que merecido com um barco de fabricação própria. Em segundo chegou o representante local Felipe Rezende com o Little Beest mostrando a evolução da Flotilha BarraVela na categoria. Em terceiro Wilson de Blumenau com outro Little Best, seguido em quarto pelo Paulo Stier, de Curitiba, criador dos Little Best. Em quinto fechando o podio chegou Ademir Nicareta de Brasília. Foram cinco representantes de cinco cidades brasileiras no topo do ranking mostrando que a catagoria tem evoluido em todos os estados.”

Um comentário:

  1. Afrânio,

    A participação de vocês foi muito boa! Sempre que vier ao Rio é só me procurar. Estou com um projeto de montar um CD com as fotos e vídeos do campeonato. deve demorar um pouco pela falta de tempo, mas assim que estiver pronto mando uma cópia para vocês.
    Um abraço,

    Belluco

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